Você já deve ter reparado que muitos sobrenomes na Irlanda começam com o prefixo Mc e O’, como McDonald e O’Brien, por exemplo. O que isso significa?
O prefixo Mc (ou Mac) significa “filho/a de”, e O’ (ou Ó) significa “neto/a ou descendente de”. Sendo assim, McDonald seria “filho de Donald” e O’Brien” seria “neto de Brian”. São nomes que originalmente relacionavam a pessoa com o pai ou o avô, e que mais tarde se tornaram sobrenomes.
Alguns nomes de origem normânica (de uma região na França) podem ter o prefixo Fitz, como em Fitzgerald ou Fitzwilliam, que também significa “filho/a de”.
Pouca gente sabe, mas isso também acontece no português. Sobrenomes terminados em -es, como Fernandes, Amares e Nunes, também indicam a relação da pessoa com o pai: Fernandes, filho de Fernando; Amares, filho de Amaro; Nunes, filho de Nuno, e assim por diante.
Muitas regiões da Irlanda possuem uma concentração muito grande de certos sobrenomes. Em Cavan, por exemplo, é muito fácil encontrar um O’Reilly. Já na península de Beara, é muito provável que você conheça um O’Sullivan. Muitos destes sobrenomes se tornaram famosos mundialmente, dado a enorme imigração irlandesa para os Estados Unidos, responsável por exportar muitos dos sobrenomes irlandeses para fora do país.
O significado de muitos sobrenomes pode ser explicado pela origem gaélica do nome. McCarthy, por exemplo, significa “filho de Carthach”, que significa “amado”. Cerca de 60% dos McCarthy na Irlanda vivem no condado de Cork, onde a família teve muito poder durante a Idade Média. Já Doyle origina do gaélico Dubhghall, que significa “estrangeiro preto”. Este era um termo utilizado para diferenciar os vikings dinamarqueses dos noruegueses, que eram loiros.