Um brasileiro foi detido na última segunda-feira, dia 15 de junho, ao chegar na Irlanda. Vinícius da Silva faria um curso de seis meses na Babel Academy of English, em Dublin.
Em entrevista ao programa Liveline, da RTÉ Radio 1, o namorado do estudante, Marko Vucak conta que Vinícius teve sua entrada no país negada e passou a noite preso em um pequeno quarto com cama no Aeroporto de Dublin. O brasileiro, que é claustrofóbico, teve dificuldades para respirar e pediu para que fosse transferido para outro lugar, mas os oficiais do aeroporto disseram que isso não seria possível.
Marko também conta que o celular de Vinícius foi confiscado e que os oficiais leram todas as suas mensagens e e-mails. Além disso, ficou cerca de 6 horas sem receber comida após desembarcar do avião.
O diretor da escola tentou apelar para os oficiais de imigração mas, segundo eles, Vinícius não teria motivos para estar na Irlanda, já que as escolas de idioma estão fechadas e todas as aulas estão acontecendo online.
Ao ser questionado se Vinícius estava ciente das restrições de viagem em virtude da pandemia, Marko diz que o namorado não foi alertado em nenhum momento pela escola e pela sua seguradora.
Vinícius tem autorização para permanecer no Reino Unido até o dia 15 de julho.
Ao contrário de muitos países, as fronteiras da Irlanda nunca foram fechadas durante a pandemia e, por estar fora do espaço Schengen, o país não seguiu as mesmas regras dos outros países da UE, não fazendo a distinção entre pessoas vindas da União Europeia e de países fora do continente. Todas as pessoas devem, no entanto, preencher um formulário e submeter-se a quarentena de 14 dias após a chegada no país. As multas para quem desrespeitar as regras podem chegar a €2.500.