Os freelancers – como são chamados os profissionais autônomos da indústria criativa, como escritores, designers e ilustradores – foram os que mais rapidamente se adaptaram à migração para o trabalho remoto durante a pandemia. No entanto, os trabalhadores do setor também sentiram na pele (e no bolso) os efeitos da crise econômica.
Freelancers não são representados por sindicados e muitos não tiveram direito ao recebimento do auxílio de €350 por semana, pago pelo governo irlandês aos trabalhadores que perderam seus empregos.
Um estudo recente feito pela Payoneer com 1.000 freelancers em mais de 100 países mostrou que a crise causada pelo Covid-19 reduziu a demanda de serviço para cerca de 60% dos profissionais, trazendo incerteza sobre o futuro de muitas pessoas. Mesmo assim, mais da metade dos entrevistados segue otimista, e acredita que a demanda por trabalho vai aumentar depois que tudo normalizar.
Para ajudar na divulgação do trabalho dos freelancers na Irlanda, um grupo lançou o The Indie List, um site que permite às empresas contratarem profissionais para serviços nas áreas de publicidade e marketing. Mais de 180 profissionais – como criadores de conteúdo, diretores de arte, especialistas em SEO, fotógrafos, videomakers, web designers e consultores de mídia – já se cadastraram no site. O registro é totalmente gratuito, mas há uma comissão de 10% sobre o valor pago pelos serviços.
Para quem ainda é novo na área, existem muitos outros sites destinados à conectar freelancers e clientes, como o Fiverr, Upwork, Freelancer.com e PeoplePerHour. Para muitas pessoas, esta é uma forma de ganhar uma renda extra oferecendo seu próprio talento. Alguns inclusive abandonam seus empregos regulares para se dedicar exclusivamente ao trabalho freelancer e remoto.