Brasileiro é condenado a três anos de prisão por abusar sexualmente de colega de apartamento que dormia

Um brasileiro que abusou sexualmente de sua colega de apartamento que dormia em sua casa compartilhada em Dublin foi condenado a três anos de prisão.  

Lucas Da Silva Cruz (30), atualmente residente em Richmond Road, Fairview, Dublin 3, morava com a vítima e outros 11 cidadãos brasileiros em uma casa lotada de três quartos no momento da agressão. O tribunal apurou que a casa acomodava 13 pessoas, sendo que homens e mulheres partilhavam quartos e dormiam em beliches.  

Da Silva Cruz foi considerado culpado de agredir sexualmente a mulher em 4 de julho de 2019, após um julgamento no Tribunal Criminal do Circuito de Dublin em janeiro. A promotoria confirmou que não havia objeção à nomeação do réu, embora a vítima tenha solicitado anonimato.  

Ao condenar Da Silva Cruz, a juíza Orla Crowe descreveu a agressão como uma “quebra de confiança” contra uma mulher vulnerável que dormia na sua própria casa, um local onde deveria sentir-se segura. O juiz enfatizou o impacto duradouro do crime, lembrando que a vítima continua a sofrer de ansiedade, noites sem dormir e pesadelos recorrentes.  

O tribunal soube que a vítima, então com 23 anos, tinha-se mudado para a casa, mas sentia-se desconfortável com as condições de vida, optando muitas vezes por dormir no sofá. Na noite da agressão, após um churrasco com colegas de casa, a mulher informou ao grupo via WhatsApp que estaria dormindo no sofá. Ela acordou por volta das 4 da manhã e encontrou Da Silva Cruz fazendo sexo oral nela. Depois de expulsá-lo, ela foi para o quarto e confidenciou a uma colega de apartamento na manhã seguinte.  

Numa declaração sobre o impacto da vítima, a mulher descreveu como a agressão a deixou com raiva, tristeza e vulnerabilidade. Ela expressou gratidão pelo apoio do seu parceiro e do sistema judicial da Irlanda, afirmando: “Depois que o júri viu a verdade em mim, a Irlanda, que já era a minha casa, tornou-se o meu refúgio”.  

O juiz Crowe reconheceu que Da Silva Cruz, um estrangeiro sem condenações anteriores, expressou remorso e cooperou com as autoridades. No entanto, destacou a gravidade do crime, nomeadamente a tentativa do réu de baixar novamente as calças da vítima depois de esta ter resistido.  

Da Silva Cruz, que trabalhava com TI, pediu demissão após ser condenado, causando dificuldades financeiras, pois sustentava sua mãe idosa em São Paulo. O juiz estabeleceu uma sentença de quatro anos, mas reduziu-a para três, datada de 17 de janeiro, e ordenou a sua inclusão no registro de criminosos sexuais.  

O detetive Garda PJ Gallagher observou que o álcool não era um fator no caso e que a vítima estava bebendo coca cola naquela noite. Da Silva Cruz inicialmente alegou que o ato foi consensual, mas depois aceitou o veredicto do júri e apresentou uma carta de desculpas ao tribunal.  

O caso sublinha o profundo impacto da violência sexual e a importância de responsabilizar os perpetradores, independentemente da sua nacionalidade ou origem.

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