Você provavelmente conhece os leprechauns, símbolos da cultura irlandesa e muito celebrados durante o St. Patrick’s Day. Segundo a lenda, os leprechauns são homenzinhos solitários, que fabricam sapatos e guardam seus potes de ouro no final do arco-íris. Por séculos, os leprechauns fazem parte do imaginário coletivo irlandês, mas você conhece a origem desta figura?
Segundo historiadores, a figura moderna do leprechaun é resultado da combinação de duas figuras da mitologia irlandesa: o luchorpán e o clúrachán.
O luchorpán, que significa “corpo pequeno” em gaélico, aparece pela primeira vez em histórias do século 8, que falam sobre pequenas criaturas que vivem na água e tentam enganar o rei, arrastando-o para o mar e realizando até três desejos.
Já o clúrachán é conhecido por assombrar pubs, bares e adegas, graças ao seu amor pelas belas bebidas alcoólicas. Assim como os leprechauns, são trapaceiros e solitários, e guardam seus tesouros em locais escondidos.
Com o passar do tempo, elementos dos dois personagens foram mesclados para formar a figura moderna do leprechaun, tradicionalmente associada com potes de ouro, barba ruiva, botas de fivela e trajes verdes. Mas nem sempre foi assim: no começo, os leprechauns eram representados com a cor vermelha. Não se sabe ao certo o motivo da mudança, mas a cor verde passou a ser muito utilizada na Irlanda comp símbolo nacionalista e afronta aos britânicos nos anos que antecederam a independência.
Hoje, os leprechauns são conhecidos mundialmente como um dos símbolos da Irlanda, além de mascotes de diversas marcas e produtos, como o cereal Lucky Charms e o time de basquete Boston Celtics.
Mesmo sendo criaturas mitológicas, em 1989 um homem diz ter encontrado restos de um leprechaun na cidade de Carlingford, no condado de Louth. O esqueleto teria virado pó, mas o homem guardou as roupas, que estão até hoje à mostra no seu pub. Por causa deste incidente, um grupo de fiéis conseguiu transformar os leprechauns em criaturas protegidas pela União Europeia em 2009, e muitos acreditam que eles ainda existam na região, organizando uma “caça” aos homenzinhos todos os anos.
